Domador de ofício
Pela vida veio
Fosse o potro mais chucro
Ele amansava pro freio
Tinha tanto ensinamento
Guardado em seu abandono
Cavalo feito por ele
Pedia benção pro dono
Diz que falava com bicho
Que domava só com prosa
Mas nunca pôde domar
O coração da Maria Rosa
Bebeu da desilusão
Nunca mais olhou pra outra
E escolheu a solidão
Pra amansar a vida potra
Arde o peito
Potreiro vaziu
Há no vento um relincho
Que nunca se ouviu
Nos olhos de um domador
Há um amor aporreado
Com nome de flôr