E a minha mente nunca cansa, vagando na cidade
Foda-se o horário, eu não ligo se tá tarde
Eu cansei da dualidade, de ser bom ou ruim
Eu só quero ser eu, foda-se o resto, enfim
Não gravo o nome, eu gravo o rosto
Se vacilar comigo nunca mais anda de novo
Dou dois tiros na sua perna, de 22 que deixa bobo
É o terror dos milico, vive a profissão perigo rajando de parafal
Eles querem minha droga, querem arma na gaveta
Eu quero um saco de erva e um subaru da cor preta
O mundo não gira, ele capota, nesse efeito borboleta
Tem uma 12 na mala e um nome na minha cabeça
Tenho ódios na minha mente, dores que nem sente
Vou arranjar uma guerra nova e te mandar pra linha de frente
Tem quem compre de quem vende, mas tudo tem um custo
Aqui na área mãe é espelho e ter pai em casa é luxo
Vou te ensinar a realidade do teu sangue frio
Vou te mostrar como esse ódio acendeu o pavio
Que existe além da zona sul nessa porra de Rio
E no que a fome transforma um cidadão gentil
E a minha mente nunca cansa, vagando na cidade
Foda-se horário, eu não ligo se tá tarde
Eu cansei da dualidade, de ser bom ou ruim
Eu só quero ser eu, foda-se o resto, enfim
Não gravo o nome, eu gravo o rosto
Se vacilar comigo nunca mais anda de novo
Dou dois tiros na sua perna, de 22 que deixa bobo
Dou dois tiros na sua perna, 22 que deixa