Senhor, eu vi a alegria dos meus inimigos
Tinham por certa a minha destruição
O juiz, o promotor, o delegado
E um processo bem armado para minha condenação
E fui levado perante o tribunal
Havia tanto ódio nos olhos de quem me acusava
Mas se enganava quem achava que eu sofria
Pois na dor e humilhação eu tinha paz no meu coração
Como matar quem já morreu?
E o que tirar de quem na vida tudo deu?
Meus inimigos não entendem
Que esta obra não é minha
E eles lutam, na verdade
Contra quem me enviou
Eu sou apenas um pequeno grão de areia
Um pedacinho deste pão da Santa Ceia
Neste mundo passageiro
Vivo como estrangeiro
Sem morada, sem destino
Sem tesouro nem império
Pelas terras onde ando
Pregador do Evangelho