Legal
Me amarro nesse som, tá sabendo?
O medo, a angústia, o sufoco
A neurose, a poluição
Os juros, o fim
Nada de novo
A gente de novo só tem os sete pecados industriais
Diga Paulinho, diga
Eu vou contigo Paulinho, diga!)
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mas o boi não quer morrer
Não tem alimentação
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mas o boi não quer morrer
Não tem alimentação
O mosquito é engolido pelo sapo
O sapo a cobra lhe devora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
O norte, a morte, a falta de sorte
(Eu tô vivo, tá sabendo?
Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo
Eu vivo, Paulinho!
Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta, tudo bem?
E ele diz pá gente Tudo bem!
Não é um barato, Paulinho?
É um barato)
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mas o boi não quer morrer
Não tem alimentação
Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mas o boi não quer morrer
Não tem alimentação
Gavião quer engolir a socó
Socó pega o peixe e dá o fora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
Nada a dizer, nada
Ou quase nada
O que tem a fazer é tudo, ou quase tudo
O homem, a obra divina
Na rua, a obra do homem
Cheiro de gás, o asfalto fervendo
O suor batendo
O suor batendo
O suor batendo
O suor batendo
O suor batendo
O suor batendo