1. 1

    Baitaca - Cuiudo do Alegrete

  2. 2

    Baitaca - Na Fazenda Ferradura

  3. 3

    Baitaca - Reformando a Muié Véia

  4. 4

    Baitaca - Retoço de Xucro

  5. 5

    Baitaca - Égua Baldosa

  6. 6

    Baitaca - Missioneiro Extraviado

  7. 7

    Baitaca - Lida Campeira

  8. 8

    Baitaca - Marca De Campo

  9. 9

    Baitaca - Preferido Das Muié

  10. 10

    Baitaca - Rei da Grossura

  11. 11

    Baitaca - Dedo Inchado

  12. 12

    Baitaca - Domador Ventena

  13. 13

    Baitaca - Pedido de Um Pai Pra Filho

  14. 14

    Baitaca - Versos Xucros

  15. 15

    Baitaca - Castração a Pealo

  16. 16

    Baitaca - Me Orgulho Em Ser da Campanha

  17. 17

    Baitaca - Pra Ser Campeiro

  18. 18

    Baitaca - Lamento de Pobre

  19. 19

    Baitaca - Cantiga de Xucro

  20. 20

    Baitaca - Secretário de obra

  21. 21

    Baitaca - Xucro de Berço

  22. 22

    Baitaca - Bailanta da Boneca

  23. 23

    Baitaca - Vida de Campeiro

  24. 24

    Baitaca - Distorcendo o Bagualismo

  25. 25

    Baitaca - Caçada de Sapo

  26. 26

    Baitaca - Cada Vez Mais Xucro

  27. 27

    Baitaca - O Doutor, o Padre e o Peão

  28. 28

    Baitaca - Tropeando O Passado

  29. 29

    Baitaca - Cavalo Velho

  30. 30

    Baitaca - Coiceando a Cola

  31. 31

    Baitaca - Do Fundo da Grota

  32. 32

    Baitaca - A Volta do Tico Loco

  33. 33

    Baitaca - Meu Rio Grande É Deste Jeito

  34. 34

    Baitaca - Bagual Sem Freio

  35. 35

    Baitaca - Nego Bom Não Se Mistura

  36. 36

    Baitaca - Palanque Missioneiro

Missioneiro Extraviado

Baitaca

Trago cinza nas melena
E o picumã do galpão
Minha cama é o próprio chão
E o céu azul é meu manto
Abro meu peito e garanto
Que o silêncio se apavora
E se manda campo afora
Ao escutar o meu canto

E eu me criei rolando ao mundo
E não tenho morada certa
Mas sendo guapo, não se aperta
Quando uma raça se expande
Não existe quem me mande
Sou xucro, sou caborteiro
Sou cria de missioneiro
Que me extraviei no Rio Grande

Solto das patas, vivo longe da querência
Cumpro a existência, honro a estampa de campeiro
Sou bem largado, sacrifício eu não renego
Morro seco e não me entrego
Sou cria de missioneiro

Por isso hoje, no mundo ando extraviado
Sou mal domado que nem potro redomão
Inda recordo dos campos brancos de geada
Saltando de madrugada pra tomá meu chimarrão

Na minha alma trago o tinido da espora
Como lá fora taureando com a judiaria
Não me aborreço com esta minha vida esquisita
Eu saio de tardezita só volto no clariá o dia

Faço bem claro pra que todos me compreendam
Também entendam o sofrimento de peão
Caindo a noite, deito e não tenho sossego
Da grama faço pelego e do mundo faço galpão

Levo na mala um pouco do revirado
Braço lotado pra pode enxaguá meu peito
Na minha gibeira sempre sobra algum vintém
Seja mal ou meio bem eu vivo de qualquer jeito

No meu Rio Grande, cavalgo de peito aberto
Pois é de certo que eu nasci pra gauderiá
Vivo cantando com este dom que Deus me deu
E afinal, o mundo é meu e não me importa onde andá

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