[Azagaia]
A culpa continua solteira desde quando eles eram boa gente
E davam as boas vindas aos navios do ocidente com tecidos do oriente
Para vestir suas mulheres
Não é de hoje que entregam ouro
Em troca de talheres missangas relógios carros
E sotaques igrejas missionárias que vendem milagres
Não é de hoje que são padres e assassinos também
Que em nome de 1 eles matam 100
Nas filas dos hospitais enfermeiros têm doctores
Não é de hoje que eles trocam vidas por contentores
Não é de hoje que eles têm pernas e braços abertos
Prontos para receber carinhos e afectos
Não é de hoje nada disso a hospitalidade é antiga
Arte de bem receber sem nada na barriga crianças descamisadas
Com barrigas de fome atrai doações para a mesa
Daquele que come quer dizer trabalhámos para o estrangeiro ver
Somos estrume para fazer a machamba de dinheiro
Crescer dinheiro deles crescer nossa machamba
Está em luto aqui tudo se compra e se vende tudo
A começar por povo que paga bilhetes para viver
E de avião chegam aqueles que veem enriquecer
[Flash Enccy]
Mais do que negócio na terra hospitaleira chove tanto
Mas sempre que ele chega é recebido como um branco
Levado para os hotéis e tratado como santo
Com tanta ostentação nesses nossos hospitais
Pacientes atendidos em troca de capitais e o que mais
Atrás dos hospitais há mendigos que dormem nos jornais
Porque foram lá esquecidos no murro da vergonha becos sem saídas
Turistas fazem festas crianças sem comida
Golpes de estado que geram crises políticas
Boladas mal feitas que geram julgamento
Pão já subiu não há certeza se comemos
Os homens são racistas mesmo no hospital capazes de matar
Por falta de 1 metical
Estrangeiro é que manda mais do que pensas
Poder económico está acima do que pensas
Aqui se pestanejas dormes na prisão tiram te a mulher e a visão
Vivem em hotéis de luxos e outros no chão
O povo é trabalhador mas vive de exploração
Hina ilanza vhale kule
Hina hi nyenya la vha hina
Loku mupfumba atafamba
Hita sala na mani
Sala na mani
Hina hi nyenya swa le kaya
Hina hi shanisa (shavhisa) makweru
Loku mupfumba ata famba
Hi tá sala na mani
Sala na mani
[Azagaia e Flash Enccy]
Hospitalidade Moçambicana (hospitalidade moçambicana)
É deixar o que é de casa passar mal a fome
É ver o estrangeiro a enriquecer aqui na home
Com tantos hospitaleiros vejo estrangeiro mas quando a casa
Arde não vejo bombeiro
Eu não vejo nada aqui na minha conta eu sou daqui de casa
O músico que só canta quando alguém se casa
E dão casa e motorista para os que vêm de fora
Outros nem nos cumprimentam cantam e vão se embora
Recebemos donativos do povo na miséria
Mas levam esses fundos para os bolsos na Assembleia
E quando chega o branco entregam todo ouro
Entregam os recursos naturais e o tesouro
Tanta hospitalidade praias paradisíacas fronteiras abertas
Peles brancas e ricas enquanto nós lutamos
Por um empréstimo no banco parece que o país foi hipotecado a um branco
Corrompem ministérios promovem cemitérios enterram
Mais corpos que mataram no mistério
Aqui nos hospitais o médico é doente
Matam os doentes criminosos indiferentes tantos oportunistas
Suicídios voluntários
Estudantes sem emprego fantasmas sem salários
Hina ilanza vhale kule
Hina hi nyenya la vha hina
Loku mupfumba atafamba
Hita sala na mani
Sala na mani
Hina hi nyenya swa le kaya
Hina hi shanisa (shavhisa) makweru
Loku mupfumba ata famba
Hi tá sala na mani
Sala na mani