Lá adiante além da fronteira, transformam água em vinho...
Será o sangue do diabo extraido das parreiras,
Será o Salvador a caminho...
Nesses tempos finais,
Isso ajuda a perceber...
Somos Todos iguais,
Nascemos só para morrer...
Vim pra cá como outros tantos em busca de vida melhor,
Achar meu canto de serenidade e um pouco de paz ao meu redor...
Eu sei, nada vem facilmente
As coisas boas levam algum tempo,
Fiz minha cama mas não deitarei
Morrer nela é que não pretendo...
A água se foi,
O dinheiro gastamos,
Os empregos são história,
Até quando aguentamos...
Nessa Terra Seca,
Continuamos nadando no chão...
Rezando por alguma água benta
Que lave os pecados de nossas mãos...
Terra Seca,
A promessa minguou,
Ninguém mais chora
É duro de ver que o sonho acabou...
Você só pensa em prosperar,
Em ruas cobertas de ouro...
Mas os campos aqui estão secos,
Não há qualquer tesouro...
Fiz minha mala ante mulher e filho,
Deixe-os pra trás em casa...
Não há nada nesse fim de mundo,
Somente fantasmas e essa terra em brasa...
A água se foi,
O dinheiro gastamos,
Os empregos são história,
Até quando aguentamos...
Nessa Terra Seca,
Continuamos nadando no chão...
Rezando por alguma água benta
Que lave os pecados de nossas mãos...
Terra Seca,
A promessa minguou,
Ninguém mais chora
É duro de ver que o sonho acabou...
Praguejei aos céus pra não abrirem,
Implorei às nuvens por chuva...
Mas a seca se crava em minhas veias,
Como o ferrão da saúva...
Se eu pudesse escolher o modo de morrer,
Seria por tiro, facada, açoite...
Assim aos poucos a dor é imensa...
Noite após noite, após noite, após noite...
Nessa Terra Seca,
Continuamos nadando no chão...
Rezando por alguma água benta
Que lave os pecados de nossas mãos...
Terra Seca,
A promessa minguou,
Ninguém mais chora
É duro de ver...
Terra Seca,
Oh Oh...
Ninguém mais chora...
É duro de ver,
Que o sonho acabou...