Como um trovão carregado de memórias Quis mostrar-te quem eu era Tu não ligaste, saíste porta fora E eu fiquei à tua espera
À noite entraste imbatível E a saliva do beijo como o primeiro Prendeu-me ao teu cheiro, surgiste inteiro E dançamos a dança final No esplendor do vendaval
Quando te vi já eras um mendigo Que vergava a honra a meus pés
Pedias para eu ser só tua Olhavas-me nua, sem porto de abrigo Magoada contigo, fechei o postigo E deitei a calma imperial No esplendor do vendaval
Já, já tentaste apoiar-te em meus braços Implorar para eu perdoar Já tremeste de dor Mas amor, eu não hei de voltar Nunca mais Nunca mais Nunca mais Nunca mais