Não, não falo de coração Coração é piegas, careta Coração tá fora de moda Nada, nada de cantar coisas do coração No meu samba canção
Nada de um coração que infarta Por sofrer de amor Na tua balada, nada De um coração que foi triturado Mastigado e jogado fora
Nada dessa fera Que se auto devora Que se auto destrói E deixa no lugar um buraco gelado Que quando venta, dói
Por favor, não ponha um marca-passo No espaço do meu coração Substitua o bagaço do meu coração Tão manso e sem descanso No seu pulso, no balanço, no bater
Ponha um daqueles potinhos Com água e açúcar Em que o beija-flor vem beber